Conversa com Pablo Neruda
Conversa com Pablo Neruda
Posso escrever os versos mais lindos esta noite
Dizer que a madrugada sem fim passou em minutos
E que nós três fomos um só
Posso escrever os versos mais quentes esta noite
Dizer que a madrugada estava gelada
Mas que o calor dela nos aqueceu
Posso escrever os versos mais íntimos esta noite
Contar que o gosto dela se eternizou nos meus pêlos, meu ego
E que sua pele vermelha fez revolução com minha foice e martelo
Posso escrever os versos mais ofegantes esta noite
Lembrar que a respiração dela em compasso
Encheu com seu hálito doce os nossos corações
Posso escrever os versos mais profundos esta noite
Dizer que você e ela e nós
Gememos as dores e alegrias da vida em uma só voz
Posso escrever os versos mais dúbios esta noite
Lembrar que ela será de outro e de outros, como era antes de mim
E que seus olhos infinitos me pertencem, como já era antes de mim
Posso escrever os versos mais amorosos esta noite
Dizer que para sempre a terei em meus braços
Lá, onde cintilam as estrelas desde longe
É tão breve o tempo, tão vívida a lembrança
Porque em noites como esta, ela sempre foi e sempre será minha
Ainda que esta seja a única poesia que ela me cause
E estes os últimos versos que eu não termine
Wilson Borges
Posso escrever os versos mais lindos esta noite
Dizer que a madrugada sem fim passou em minutos
E que nós três fomos um só
Posso escrever os versos mais quentes esta noite
Dizer que a madrugada estava gelada
Mas que o calor dela nos aqueceu
Posso escrever os versos mais íntimos esta noite
Contar que o gosto dela se eternizou nos meus pêlos, meu ego
E que sua pele vermelha fez revolução com minha foice e martelo
Posso escrever os versos mais ofegantes esta noite
Lembrar que a respiração dela em compasso
Encheu com seu hálito doce os nossos corações
Posso escrever os versos mais profundos esta noite
Dizer que você e ela e nós
Gememos as dores e alegrias da vida em uma só voz
Posso escrever os versos mais dúbios esta noite
Lembrar que ela será de outro e de outros, como era antes de mim
E que seus olhos infinitos me pertencem, como já era antes de mim
Posso escrever os versos mais amorosos esta noite
Dizer que para sempre a terei em meus braços
Lá, onde cintilam as estrelas desde longe
É tão breve o tempo, tão vívida a lembrança
Porque em noites como esta, ela sempre foi e sempre será minha
Ainda que esta seja a única poesia que ela me cause
E estes os últimos versos que eu não termine
Wilson Borges
No meu delírio carente
ResponderExcluirSinto que essas letras são minhas
Mas sei que poeta sempre mente