Oitenta anos oitenta

Oitenta anos oitenta

O dia que eu tiver oitenta anos
Vou colocar um ponto final em tudo
Vou me cansar de tanta enganação
E das pessoas que roubam
Meu Corote de cada dia
Na porta de vossas casas

O dia que eu tiver oitenta anos
Vou acabar com minha empatia
Vou chamar meu amigo que mora no Irã
Que trabalha em uma usina nuclear
E juntos mudaremos os ares
E atropelaremos todo mundo
Na Avenida Paulista
Com um submarino russo
Dos anos oitenta

               Wilson Borges


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