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Mostrando postagens de junho, 2018

Fragmentos II e III

Fragmento II  Aquino, é aquilo Entre Camila e Jessica No meu coração bateu um sino Amar sem ter é minha Sina de Poeta Fragmento II Em Santos Pelados Todos os Santos Todos uns Sonsos Na casa do Tio Em Santos Baralhos Risos aos prantos Pratos de x calafrango Na casa do Tio (Para Gi, Hugo, kauê e Sabrina)

Conversa com Pablo Neruda

Conversa com Pablo Neruda Posso escrever os versos mais lindos esta noite Dizer que a madrugada sem fim passou em minutos E que nós três fomos um só Posso escrever os versos mais quentes esta noite Dizer que a madrugada estava gelada Mas que o calor dela nos aqueceu Posso escrever os versos mais íntimos esta noite Contar que o gosto dela se eternizou nos meus pêlos, meu ego E que sua pele vermelha fez revolução com minha foice e martelo Posso escrever os versos mais ofegantes esta noite Lembrar que a respiração dela em compasso Encheu com seu hálito doce os nossos corações Posso escrever os versos mais profundos esta noite Dizer que você e ela e nós Gememos as dores e alegrias da vida em uma só voz Posso escrever os versos mais dúbios esta noite Lembrar que ela será de outro e de outros, como era antes de mim E que seus olhos infinitos me pertencem, como já era antes de mim Posso escrever os versos mais amorosos esta noite Dizer que para sempre a terei em meu...

Fragmento I

Fragmento I Um desperdício Um descarrilho Um fragmento perdido Uma pedra no caminho Uma pedra no sapato Uma pedra no cachimbo Um viaduto Um cinto Sinto muito por tudo Uma dor Desamor Ofensa ao que sou Apaguei Acordei Renasci               Wilson Borges

Uns poucos

Uns poucos Teve um tempo que eu me achava pouca Que sem você eu seguiria no jogo Vestindo fantasias como roupa Carnaval Natal Ano Novo Acreditava que a dor Se perderia no prazer Corte de carne no isopor Virando Quatro Cinco Seis Mas em cada cama nova de novo Teu cheiro teimava em aparecer Não importa se sete ou oito Ou se o dobro de oito dá mesmo dezesseis

Art in off pop

Art in off pop Já quis ser um Lenin Trotsky Mas meu Stálin se matou Então me dei uma Rosa Luxemburgo Gramsci no calabouço Decidi sonhar Drummond Como um Orlando de Virgínia Woolf Mantive o Lorde Byron dentro de mim Marquês de Sade soltando gorfo Adolescente desejava ser como Neruda Mas hoje em dia choro Guimarães Rosa Já me imaginei João Cabral de Mello Cantarolando bossa nova Na minha Jornada de Dom Quixote Fui Leminski de muita sorte E como Roland de Stephen King Vou levando essa vida de odisséia e morte

Frascos de Anfetamina

Frascos de Anfetamina Caso um dia acontecer De eu me tornar um escritor famoso É que passou da hora do fim do mundo E nem vai dar mais tempo Pra começar tudo de novo Porque a verdade é que de fato Escritor mesmo é quem apenas lê poesia Produção de arte é para os fracos E frascos de Anfetaminas

Água que desce pela pia

Água que desce pela pia Este é meu último poema Mas talvez seja apenas o primeiro Capricórnio com ascendente em peixes Teimosia e sofrimento de Janeiro a Janeiro Parando pra pensar um pouco Talvez nem seja de fato poesia Quem sabe é prosa que não vale um conto Agua que escorre pela pia