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Mostrando postagens de maio, 2021

Entre solavancos e afagos

Entre solavancos e afagos Me bata com força Na cara e na cabeça Como se fosse ressaca Me estrangule como forca Me jogue pela janela Ou me esparrame pelo chão Me dê um chute na canela E um belo de um safanão Ah, essa vida bandida De dose em dose, de trago em trago Procurando uma saída Entre solavancos e afagos

Meu muro de Derrida

Meu muro de Derrida Você aciona meu gatilho Como um disparo no meio da lua Um trem de ferro fora do trilho Que passa no meio da rua Você me atinge como um tiro Meio que bala perdida Teus braços são um bom retiro Pra encarar essa vida sofrida Você me tira o equilíbrio Corda bamba que me derruba De um sonho adormecido Murro no muro de Derrida